Durante muito tempo eu achei que eu era A MÃE para o Vini.
Fazia tudo por ele, levava para as terapias, gastava horas estimulando, estudando tudo que podia sobre autismo, controlava alimentação sono, medicação… na minha cabeça isso era o certo a se fazer.
Isso era o que uma boa mãe faria.
E, até certo ponto, isso é realmente o certo a se fazer.
Até que um dia, a ficha caiu.
Percebi que para qualquer coisa que acontecia com o Vini, eu justificava para as pessoas: aaahhh ele faz isso porque é autista, ou ele está assim porque o autismo faz isso com ele…
Nem consigo contar o tanto de vezes que fiz isso.
Levou um tempo para que eu entendesse que nem tudo era o autismo, muitas daquelas coisas, eram coisas de criança descobrindo o mundo.
Mas, por receber tantos julgamentos da sociedade, eu vivia justificando tudo e impondo limites ao meu menino.
Limites esses que foram impostos pelo social, os meus próprios limites como mãe e ser humano, lidando com uma criança com um diagnóstico, sozinha, em uma cidade caótica, em que ninguém se importa com nada, mas o dedo está sempre em riste.
Então da próxima vez que isso acontecer com você, avalie se esse limite é realmente necessário para sua criança, se é para “agradar” a sociedade ou se são seus.
Só não permita que esses limites impeçam você e seu pequeno de viver a vida intensamente.
♥
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