Estava preparando o almoço, quando perguntei para o Vini o que gostaria de comer.

Ofereci duas opções: legumes assados ou couve.

Ele rapidamente respondeu: couvinha mamãe.

Antes disso, eu estava dando uma olhada no Instagram e me deparei com a postagem do Marcos Petry, falando sobre sua dificuldade em comer mamão, mas que sempre enfrenta os seus desafios e, por isso estava experimentando mais uma vez.

Eu, quando criança, por diversas vezes fui obrigada a comer nata de leite, com a desculpa de que isso era saudável. Hoje em dia, eu tenho pavor de qualquer alimento que me faça lembrar a textura da nata.

E porque eu estou te contando tudo isso?

Para te mostrar que são nesses pequenos detalhes, que para muitos pais parecem insignificante, que nasce a criança que não sabe fazer escolhas, que não sabe analisar o que faz bem e o que faz mal, o que pode se tornar um problema no longo prazo, como meninas que acabam caindo em relacionamento abusivos, pois, os pais nunca a escutaram quando tinha dificuldade para lidar com alguma coisa, não ensinaram a fazer escolhas.

Vem daí o menino agressivo, que pensa que para ser ouvido precisa ser valentão, forte, gritar… Pois, sempre tinha suas escolhas subjugadas.

Aí depois as pessoas dizem que passou por isso e não morreu.

Será mesmo que parte de você não morreu?

Será que quando você aceita os desaforos do marido, do chefe não é consequência dessa situação aparentemente insignificante, mas que mexeu profundamente com você.

 

Será mesmo que você acha normal perder a paciência rapidamente por qualquer situação?

 

Será mesmo que é normal aceitar tudo sem fazer nenhum questionamento?

 

E, em muitos casos tais situações estão diretamente ligadas as escolhas que você não soube fazer corretamente ou o mais adequado possível para sua situação, justamente por não ter sido ensinado lá na infância, nos pequenos detalhes do dia a dia.

 

Então, se você tem uma criança, comece a ensinar a fazer escolhas saudáveis, desde as escolhas ligadas ao emocional até ao que comer, vestir…

Apenas ensine.

Não tem nada pior do que não saber fazer as próprias escolhas.